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III Encontro de Gramática Gerativa
Homenagem a Sonia Cyrino e Maria Eugênia Duarte
Salvador-Bahia
1 a 3 de setembro de 2021 online
A Universidade Federal da Bahia mantém há bastante tempo uma tradição em ensino e pesquisa na área de Gramática Gerativa. Claiz Passos e Maria Emiliana Passos foram as primeiras a conduzir o ensino desse modelo teórico, formando Ilza Ribeiro com uma dissertação de mestrado sobre o infinitivo flexionado no português em 1988. Após obter seu título de doutoramento, em 1995, na Universidade Estadual de Campinas com uma tese sobre a ordem de palavras no português arcaico, sob a orientação de Charlotte Galves, ainda como professora da Universidade Estadual de Feira de Santana, Ilza Ribeiro começa a colaborar ativamente com o Programa Para a História da Língua Portuguesa (PROHPOR), coordenado por Rosa Virgínia Mattos e Silva desde 1990. Em 2002, Ilza Ribeiro, já aposentada da Universidade Estadual de Feira de Santana, ingressa como professora efetiva da Universidade Federal da Bahia, consolidando assim uma trajetória de formação de recursos humanos (estudantes de iniciação científica, mestrado e doutorado) na área de teoria gramatical.
Os esforços de Ilza Ribeiro, homenageada no I Encontro de Gramática Gerativa, realizado em 2015, tornaram a área respeitada no Instituto de Letras da UFBA, culminando com um quadro robusto de professores doutores que, embora concursados para diversas áreas (língua portuguesa; língua espanhola; linguística geral; linguística com ênfase em sintaxe diacrônica; semântica; morfologia; fonologia), são especialistas em linguística formal, com a maioria atuando como docentes permanentes no Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura (PPGLinC):
Carlos Felipe Pinto - PPGLinC
Cristina Figueiredo - PPGLinC
Danniel da Silva Carvalho - PPGLinC
Edivalda Araújo - PPGLinC
João Paulo Cyrino - PPGLinC
Juliana Escalier Gayer - PPGLinC
Lílian Teixeira de Sousa - PPGLinC
Rerisson Cavalcante de Araújo
Samara Ruas
A área de Teoria da Gramática do antigo Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística (PPGLL) contava, até 2009, com apenas uma docente e, por isso, com o desmembramento do PPGLL, ficou vinculada à linha de pesquisa de variação linguística no PPGLinC a partir de 2010. Com o substancial reforço indicado acima, foi possível discutir a partir de 2016 a autonomia da área e, a partir de 2018, com a reforma do PPGLinC, Teoria da Gramática se tornou uma linha de pesquisa independente.
Nesse contexto, foram criados os Encontros de Gramática Gerativa com o objetivo de reunir pesquisadores do Brasil, mas também abertos aos colegas estrangeiros, interessados nos estudos linguísticos em perspectiva formal e, a cada edição, homenagear pesquisadores que deram importantes contribuições para os estudos da área. O I EGG homenageou Ilza Ribeiro; o II homenageou Charlotte Galves; neste III EGG as homenageadas são Sonia Cyrino e Maria Eugênia Duarte.
As homenageadas:
Sonia Maria Lazzarini Cyrino
Possui Graduação em Letras Anglo Portuguesas - Universidade Estadual de Londrina (1978); Mestrado (M A) em Linguistics - University of Iowa , EUA(1986); Doutorado em Linguística - Universidade Estadual de Campinas (1994); Pós-Doutorados: University of Cambridge, Inglaterra (2009); Stony Brook University, Estados Unidos (2015), Livre-Docente pela Universidade Estadual de Campinas (2011). Atualmente é Professora Associada e Colaboradora Voluntária (Aposentada) junto ao Programa de Pós-Graduação em Linguística, Universidade Estadual de Campinas, e Professora Visitante junto ao Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura da Universidade Federal da Bahia. Sua pesquisa e orientação se concentra na área de Teoria e Análise Linguística, com ênfase em Sintaxe Gerativa, Sintaxe Comparativa das línguas românicas e mudança diacrônica no português brasileiro. Bolsista de Produtividade de Pesquisa 1B do CNPq. Possui mais de 45 artigos publicados em revistaas especializadas, 5 livros e 52 capítulos de livros. Orientou 20 estudantes de iniciação científica, 15 estudantes de Mestrado e 5 de Doutorado, bem como supervisionou 4 estágios pós-doutorais. Link para o Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/9112304621970481 .
Maria Eugênia Lammoglia Duarte
É graduada em Letras pela Faculdade de Filosofia Santa Marcelina (1969), mestre em Lingüística Aplicada ao Ensino de Línguas pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1986) e doutora em Lingüística pela Universidade Estadual de Campinas (1995). Atualmente é Professor Titular da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Lingüística, com ênfase em Sociolingüística e Teoria e Análise Lingüística, atuando principalmente em estudos de variação e mudança sintática envolvendo o sistema pronominal das gramáticas do português em suas modalidades falada e escrita. Participa dos projetos PEUL (Programa de Estudos sobre o uso da língua) - fala popular, NURC-RJ - fala culta, PHPB (Para a história do português brasileiro) e România Nova. Orienta teses e dissertações em sintaxe comparativa, relacionadas (a) à representação do sujeito pronominal (no português, no espanhol e no italiano; (b) à redução do quadro de clíticos de terceira pessoa no PB e as estratégias para sua substituição; (c) à ordem dos constituintes, incluindo VS/SV em declarativas e interrogativas, e (d) às chamadas construções de tópico marcado. Os projetos desenvolvidos com o apoio do CNPq e os trabalhos orientados têm utilizado amostras sincrônicas e diacrônicas do PB (para investigações no âmbito do PEUL, NURC e PHPB), do PE, com amostras recolhidas pertencentes ao Corpus de Referência do Português Fundamental e do Projeto Concordância. e, mais recentemente, do espanhol peninsular e americano, com vista a estudos comparativos no âmbito do projeto România Nova, coordenado no Brasil por Mary A. Kato. O suporte teórico utilizado vem da conjugação do modelo de estudo da mudança proposto por Weinreich, Labov e Herzog (1968) - a Teoria da Variação e Mudança - com uma teoria formal da linguagem proposta no âmbito da sintaxe gerativa - a Teoria de Princípios e Parâmetros (Chomsky 1981), uma perspectiva iniciada no Brasil por Fernando Tarallo e Mary A. Kato nos anos 80. Essa teoria formal possibilita levantar os grupos de fatores estruturais que restringem a implementação da mudança e hipóteses relativas ao encaixamento da mudança no sistema linguístico - ou seja, relacionar fenômenos superficiais, aparentemente independentes e atribuídos a causas distintas, a uma mudança única gramatical subjacente. Bolsista em Produtividade de Pesquisa 1B do CNPq. Possui 37 artigos publicados em revistas especializadas, 7 livros e 71 capítulos de livros. Orientou 62 estudantes de iniciação científica, 23 estudantes de Mestrado, 16 estudantes de Doutorado e supervisionou 3 estágios pós-doutorais. Link para o Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/3025971449622712 .
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